Lista de Revisão Cultura e Indústria Cultural


Para compreender um pouco melhor a Indústria Cultural acesse o link abaixo:



1. (Ufsm)  Leia o texto:

Do mesmo modo que em outros ramos industriais, a industria cultural transforma matéria-prima em mercadorias, criando novos padrões de consumo, voltados para atender às demandas de um determinado público-alvo.

TERRA, Lygia; ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges. Conexões: estudos de geografia do Brasil. São Paulo: Moderna, 2009. p.134.

Em relação ao monopólio da informação no Brasil, assinale verdadeira (V) ou falsa (F) em cada afirmativa a seguir.

(           ) Existe a concentração da veiculação dos produtos culturais nas mãos de poderosos grupos empresariais.
(           ) As concessões de rádio e TV têm sido utilizadas como moeda de troca nas negociações que estabelecem alianças políticas.
(      ) Os grandes grupos econômicos puderam, por meio de investimentos no controle das inovações tecnológicas em comunicações, ampliar espacialmente sua influência, ditando novos padrões de consumo.

A sequência correta é
a) V – V – V.   
b) F – F – V.   
c) V – F – V.   
d) F – V – F.   
e) V – F – F.   
 
2. (Unesp)  Não somente os tipos das canções de sucesso, os astros, as novelas ressurgem ciclicamente como invariantes fixos, mas o conteúdo específico do espetáculo só varia na aparência. O fracasso temporário do herói, que ele sabe suportar como bom esportista que é; a boa palmada que a namorada recebe da mão forte do astro, são, como todos os detalhes, clichês prontos para serem empregados arbitrariamente aqui e ali e completamente definidos pela finalidade que lhes cabe no esquema. Desde o começo do filme já se sabe como ele termina, quem é recompensado, e, ao escutar a música ligeira, o ouvido treinado é perfeitamente capaz, desde os primeiros compassos, de adivinhar o desenvolvimento do tema e sente-se feliz quando ele tem lugar como previsto. O número médio de palavras é algo em que não se pode mexer. Sua produção é administrada por especialistas, e sua pequena diversidade permite reparti-las facilmente no escritório.

(Theodor W. Adorno e Max Horkheimer. “A indústria cultural como mistificação das massas”. In: Dialética do esclarecimento, 1947. Adaptado.)

O tema abordado pelo texto refere-se
a) ao conteúdo intelectualmente complexo das produções culturais de massa.   
b) à hegemonia da cultura americana nos meios de comunicação de massa.   
c) ao monopólio da informação e da cultura por ministérios estatais.   
d) ao aspecto positivo da democratização da cultura na sociedade de consumo.   
e) aos procedimentos de transformação da cultura em meio de entretenimento.   
 3. (Unesp)  Os reality shows são hoje para a classe mais abastada e intelectualizada da sociedade o que as novelas eram assim que se popularizaram como produto de cultura massificada: sinônimo de mau gosto. Com uma maior aceitação das novelas na esfera dos críticos da mídia, o reality show segue agora como gênero televisivo mundial, transmitido em horário nobre, e principal símbolo da perda de qualidade do conteúdo televisivo na sociedade pós-moderna. Os reality shows personificam as novas formas de identificação dos sujeitos nas sociedades pós-modernas. Programas como o BBB são movidos pelas engrenagens de uma sociedade exibicionista e consumista, que se mantém vendendo ao mesmo tempo a proposta de que cada um pode sair do anonimato e conquistar facilmente fama e dinheiro.

(Sávia Lorena B. C. de Sousa. O reality show como objeto de reflexão cultural. observatoriodaimprensa.com.br)

Sobre a relação entre os meios de comunicação de massa e o público consumidor, é correto afirmar que:59
a) a qualidade da programação da tv não é condicionada pelas demandas e desejos dos consumidores culturais.   
b) o reality show é uma mercadoria cultural relacionada com processos emocionais de seu público.   
c) os critérios estéticos independem do nível de autonomia intelectual dos consumidores.   
d) no caso dos reality shows, a televisão estimula a capacidade de fruição estética do público consumidor.   
e) os programadores priorizam aspectos formativos relegando o entretenimento a uma condição secundária.   
 
4. (Uema)  Historicamente, pode-se dizer que toda sociedade elabora sua própria cultura, mas as culturas estão interligadas, a não ser que o grupo social esteja em condições de isolamento e não sofra influência de outras culturas. Ressalta-se que o conceito de cultura é recente e plástico. Geertz (1978) afirma que “[...] a cultura não é um poder, algo ao qual podem ser atribuídos casualmente os acontecimentos sociais, os comportamentos, as instituições ou os processos; ela é um contexto, algo dentro do qual eles (os símbolos) podem ser descritos de forma inteligível – isto é, descritos com densidade.”

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

Essa flexibilidade no sistema capitalista manifestada na indústria cultural apresenta as seguintes características: 
a) Marketing, comercialização de bens culturais, cidade-mercadoria, publicidade.    
b) Tradição, genocídio cultural, nacionalismos, grandes narrativas.    
c) Homogeneização cultural, erudição, urbanização, subcultura.    
d) Memória, identidade cultural, fetiche, etnocentrismo.    
e) Folk, aculturação, xenofobia, tribalismo.    
 
5. (Interbits) 





No dia 27 de janeiro de 2013, 231 pessoas morreram em um incêndio causado em uma boate na cidade de Santa Maria (RS). Desde o incidente, a imprensa cobriu, de maneira intensa, toda a repercussão do fato. No entanto, esse tipo de abordagem, ao transmitir publicamente situações de sofrimento e dor, acaba por revelar um dos aspectos centrais da indústria midiática, que é o de:
a) Veículo de anomia social.   
b) Transmissão de caráter de utilidade pública.   
c) Espetacularização da sociedade.   
d) Valorização da vida humana.   
e) Nenhuma das anteriores.   
 
6. (Interbits)  Leia:

Quinze minutos de fama
Mais um pros comerciais
Quinze minutos de fama
Depois descanse em paz

O gênio da última hora
É o idiota do ano seguinte
O último novo-rico
É o mais novo pedinte

Não importa contradição
O que importa é televisão
Dizem que não há nada que você não se acostume
Cala a boca e aumenta o volume então

A melhor banda de todos os tempos da última semana – Sérgio Britto/Branco Mello (Titãs) (adaptado)


A música acima, interpretada pela banda Titãs, faz uma crítica a qual característica da televisão contemporânea?
a) Ao caráter elitista das transmissões televisivas.   
b) À sua inserção comprometida com a transformação social e com as mudanças de paradigmas culturais.   
c) À grande quantidade de comerciais existentes nos programas televisivos, que prejudicam a qualidade dos programas de domingo.   
d) Às contradições próprias de qualquer tipo de instrumento cultural urbano.   
e) À forma como ela se apresenta como um produto da indústria cultural, servindo de instrumento de alienação.   
 
7. (Interbits)  Leia.

Tive o prazer de ver o Nirvana desbancar Michael Jackson e seus súditos do topo das paradas de sucesso, abrindo espaço para os alternativos remodelarem a música pop. A plebe havia tomado o poder, coisa impensável em outras épocas. Foi bom demais para ser verdade.
E aí as grandes gravadoras lançaram-se numa busca desesperada pelo próximo fenômeno comercial e incentivaram os copiadores de plantão a fazer mais do mesmo. Os originais deram espaço aos oportunistas sem imaginação. Banda boa passou a ser banda que vendia bem. Critérios artísticos foram substituídos por critérios comerciais e deu no que deu. O resultado disso é sentido neste início de século. Os artistas que dominam as paradas são totalmente descartáveis e os criativos voltaram para os subterrâneos, seu habitat natural, onde reina a liberdade autoral.
Paralelamente, a MTV criou um monstro sem querer. Os vídeos veiculados por ela passaram a ser mais importantes do que a música em si. Passamos a suportar música ruim porque o clipe é bom. Por isso entendo quando a nova MTV diz que videoclipes quase não terão mais tanta importância na sua programação. Esse formato de VJ/videoclipe está mesmo esgotado, é hora de inventar um outro modo para falar de música.

MOREIRA, Gastão. Gastão sobre MTV: "Passamos a suportar música ruim porque o clipe é bom". Uol Entretenimento. 30 set. 2013. Adaptado. Disponível online em: <http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2013/09/30/...clipe-e-bom.htm> Acesso em 08 out. 2013.
O texto acima comenta sobre as mudanças no canal de televisão MTV Brasil. Do ponto de vista sociológico, esse tipo de análise revela:
a) A falta de criatividade dos músicos brasileiros que, por não produzirem boa música, são obrigados a investir em clipes caros para tornarem atrativas as suas produções.   
b) A capacidade crítica dos criadores da MTV em redesenhar o canal de televisão. Ao invés de sucumbirem à crise, eles reformularam os programas, tornando-os mais bem feitos.   
c) A crise do mercado fonográfico brasileiro. Não é somente a MTV que teve que se reestruturar, mas todas as grandes empresas, que hoje não mais conseguem garantir sua importância econômica.   
d) A força da indústria cultural em criar produtos massificados e facilmente consumíveis pelo grande público. É isso que produz artistas descartáveis e de pouco qualidade fonográfica.   
e) A incapacidade monstruosa de os vídeos veiculados na internet serem produzidos por grandes produtoras comerciais.   
 
8. (Interbits) 



Há, na tirinha acima, uma crítica à forma de cultura veiculada pela televisão. Tendo em vista a abordagem sociológica, assinale a alternativa que corresponde ao tipo de cultura que está sendo criticada.
a) Cultura no seu sentido antropológico, relacionada à diversidade das práticas, dos símbolos e das formas de pensar, agir e sentir.   
b) Cultura política, relacionada às formas de estabelecimento de relações de poder.   
c) Cultura erudita, relacionada às formas de produção estética da elite.   
d) Cultura popular, própria das classes econômicas mais baixas.   
e) Cultura de massa, produzida pela indústria cultural.    
 
9. (Unisc)  “Em um contexto nacional em que o desenvolvimento econômico é institucionalmente defendido como a solução para todos os males sociais, se faz necessário refletir sobre a forma como os indígenas são representados nos meios de mídia de massa na atualidade. A evidente emergência de discursos anti-indigenistas nestes meios tem consequência direta na vida destas coletividades, na forma como são tratadas cotidianamente pelas populações não índias, com as quais, inevitavelmente, convivem e compartilham espaços.
Assim como nos séculos passados, não são poucos os episódios de perseguição a minorias autóctones e quilombolas no Brasil do século XXI. Há uma recorrência de manifestações anti-indigenistas, estas não se dão de forma regular, estável, mas oscilam, surgem entre extremos situados entre o esquecimento/apagamento e o revisionismo/memória de uma construção de nação que destina um lugar aos indígenas apenas e tão somente no seu passado.”

Fonte: PRADELLA, L. G.; ELTZ, D. Mídia de massa e anti-indigenismo no sul do Brasil do século XXI. In: RIO GRANDE DO SUL. Coletivos guaranis no Rio Grande do Sul. Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul/Comissão de Cidadania e Direitos Humanos, 2010, p. 50).

I. O texto defende o fenômeno da aculturação para resolução e integração dos povos indígenas na sociedade nacional.
II. Segundo os autores, os meios de comunicação de massa são responsáveis pela fiscalização de políticas indigenistas, representando todos os pontos de vista em seus discursos midiáticos.
III. Conforme o texto, a mídia, de forma recorrente, nega a atualidade dos direitos indígenas na nação brasileira.
IV. Para os autores, discursos anti-indigenistas baseiam-se na defesa do valor histórico das populações indígenas.

Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa I está correta.   
b) Somente a afirmativa III está correta.   
c) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.   
d) Somente as afirmativas III e IV estão corretas.   
e) Somente as afirmativas I e II estão corretas.   
 
10. (Unicentro)  “Com o desenvolvimento do capitalismo, também a arte passa a ser cada vez mais regida por princípios de mercado. Em um sentido bem preciso: o formato mercadoria passa a determinar a própria forma de produção da arte. A ideia fundamental é a de que há padrões, "standards" de produção da arte que têm de ser respeitados se quem produz arte quiser ter sucesso”

(Marcos Nobre, Folha de São Paulo, coluna opinião. 16/12/2008).

Nos anos quarenta do século passado, dois filósofos e sociólogos alemães, da chamada Escola de Frankfurt, Max Horkheimer e Theodor Adorno, pensando a questão da arte e da cultura no mundo capitalista cunharam uma expressão que, desde então, passou a ser sistematicamente utilizada para designar a forma de produzir e consumir cultura nas sociedades industrializadas. Que expressão é essa?
a) Cultura industrial.   
b) Cultura mercantilizada.   
c) Indústria cultural.   
d) Mercantilização cultural.   
e) Fabricação cultural.   










Gabarito
1:   [A]
2:   [E]
3:   [B]
4:   [A]
5:   [C]
6:   [E]
7:   [D]
8:   [E]
9:   [B]
10: [C]

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